CELU - Certificado de Español Lengua y Uso (Argentina)


O que é?
O CELU (Certificado de Español: Lengua y Uso) é um exame de Espanhol / Língua Estrangeira (E/LE) que tem como objetivo avaliar o desempenho de falantes não-nativos (como os brasileiros) em língua espanhola.
O CELU existe desde junho de 2004 e possui o aval do Ministério de Educação, Ciência e Tecnologia da República Argentina, em uma resolução conjunta com o Ministério das Relações Exteriores do país. Além disso, é reconhecido, conjuntamente com o CELPE-Bras (Certificado Brasileiro de Português como Língua Estrangeira), pelos ministros da Educação do Brasil e da Argentina.
O certificado também é aceito desde maio de 2006, como comprovação de proficiência em língua espanhola, segundo as normas e procedimentos dos cursos de pós-graduação da FFLCH/USP. Para que tenha essa validade, o candidato deve atingir o nível Intermediário.
O CELU é o primeiro exame argentino de proficiência em língua espanhola. Surgiu em resposta à demanda dos estrangeiros que residem na Argentina, estendendo-se, posteriormente, àqueles que estudam a língua em outros países. São os brasileiros os principais postulantes ao exame.
Atualmente, o Consorcio Interuniversitario que certifica o exame conta com a participação de quinze universidades nacionais argentinas: de Buenos Aires, Nacional de Catamarca, Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, Nacional del Comahue, Nacional de Córdoba, Nacional de La Pampa, Nacional de La Plata, Nacional del Litoral, de Lomas de Zamora, Nacional de Mar del Plata, Nacional de Quilmes, Nacional de Río Cuarto, Nacional de San Luis, Nacional de General San Martín e de Villa María.
Há postos aplicadores do CELU em 11 cidades brasileiras: São Paulo (Centro de Línguas da FFLCH/USP), Belo Horizonte (Departamento de Línguas Estrangeiras - Secretaria de Assuntos Internacionais do CEFET MG), Brasília (EmbAr - Embaixada Argentina), Campinas (Centro de Ensino de Línguas da UNICAMP), Curitiba (Centro de Línguas do ICBA e Centro de Línguas e Interculturalidade - Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFPR), Fortaleza (Centro de Humanidades - Departamento de Letras Estrangeiras da UFC), Foz do Iguaçu (Centro de Línguas do ICBA), Rio de Janeiro (ICBA - Instituto Cultural Brasil-Argentina), Porto Alegre (Instituto de Letras - Departamento de Línguas Modernas da UFRGS), Salvador (Instituto de Letras - Departamento de Letras Românicas da UFBA), Santa Maria (Departamento de Letras Estrangeiras Modernas - Entrelínguas - da UFSM).


Elaboração, aplicação e pesquisa:
A elaboração do CELU está a cargo de uma Comissão Acadêmica, formada por diversos representantes das universidades que integram o grupo responsável pelo exame. Já a sua gestão cabe a pessoas designadas por cada posto aplicador, as quais recebem inscrições, preparam salas, mesas e áudios, redigem atas e fazem a publicidade e difusão do exame. A aplicação da prova também está a cargo da Comissão Acadêmica, que designa os docentes em cada posto aplicador. A avaliação oral é sempre realizada por professores com experiência no ensino de Espanhol/Língua Estrangeira (E/LE), que são capacitados em oficinas obrigatórias, oferecidas pela Comissão do CELU.
Para a correção da parte escrita da prova, também são realizadas oficinas e se promove a capacitação dos examinadores. Os profissionais que atuam no Certificado estão constantemente envolvidos em pesquisas que visam ao aperfeiçoamento do modelo e dos critérios de avaliação em certificações internacionais de conhecimento de Línguas Estrangeiras. A cada ano, são expostos os resultados, nos Colóquios CELU, que acontecem, geralmente, em Agosto.


Níveis:
Todos os candidatos ao CELU realizam um mesmo exame e, a partir da correção feita pela Comissão Acadêmica, recebem um dos três níveis: Básico, Intermediário ou Avançado. Assim, ao inscrever-se, o postulante não necessita encaixar-se em um nível pré-determinado. De modo que o exame avalia o desempenho e, não, o grau de conhecimento da língua.
Como o exame CELU tem por objetivo certificar o desempenho de um falante de espanhol como língua estrangeira em ambientes de estudo e trabalho, não se emite certificado de nível Básico ao candidato que o atinge, pois considera-se que somente a partir do nível Intermediário o falante pode comunicar-se satisfatoriamente em tais ambientes.
Dentro dos critérios do CELU, o nível Intermediário indica certa fluidez e naturalidade em situações familiares, sociais e de serviços, ainda que o usuário vacile em contextos desconhecidos ou diante da necessidade de matizar ou precisar seus enunciados. Com este nível, a pessoa é capaz de utilizar a língua espanhola nos âmbitos profissional e acadêmico.
O nível Avançado, por sua vez, significa comodidade e espontaneidade na língua espanhola, em uma ampla gama de situações familiares e sociais, sendo ela utilizada com correção nos âmbitos profissional e acadêmico. Com este nível, a pessoa pode ter dificuldades com as variedades dialetais distintas da que utiliza.


Critérios e modelo de avaliação:
No modelo de avaliação do CELU, são de interesse: a compreensão leitora e auditiva, bem como a produção escrita e oral. A partir de um conjunto de atividades que integram as quatro habilidades, avalia-se, no que diz respeito à escrita: adequação contextual e discursiva, morfologia, sintaxe e léxico; e, quanto à oralidade: adequação ao que foi pedido, interação, fluidez, léxico, estruturas gramaticais, pronúncia e entonação.
O exame compõe-se de quatro atividades escritas, com propósitos semelhantes aos do uso da língua na vida cotidiana, e uma entrevista oral, na qual se desenvolve uma conversaç&atildeo de 15 minutos, a partir da apresentação de um tema. São exemplos de atividades escritas: escutar uma entrevista de rádio e escrever uma notícia; escutar um programa de rádio e escrever um artigo; ler um artigo jornalístico e escrever uma carta familiar; ler um folheto e escrever uma “carta do leitor”; ler um artigo de difusão e escrever um anúncio de publicidade.
O CELU está redigido em uma língua geral e é essa língua que avalia, uma vez que os exames não são preparados a partir das marcas lingüísticas de uma variedade dialetal determinada, ainda que se empregue uma língua de uso acadêmico, profissional e informativo. Qualquer que seja a variedade dialetal do espanhol utilizada pelo candidato, ele poderá entender as instruções e textos que compõem a prova do CELU. Além disso, no exame oral, bem como na prova escrita, se aceita o uso padrão de qualquer variedade dialetal do espanhol.


Requisitos:
Para fazer o CELU, o candidato deve atender aos seguintes requisitos:
- Ser estrangeiro (ou seja, não pode ser argentino);
- Ter acima de 16 anos e o Ensino Médio completo;
- Sua língua materna não pode ser o espanhol.
 http://www.celu.edu.ar 

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